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Agosto chegou e a ampulheta virou


Seria chover no molhado começar esta reflexão falando que vivemos um momento muito desafiante, de proporções inimagináveis, cujos impactos são incalculáveis na vida de todos nós, nos negócios, na sociedade e no mundo de uma forma geral. Mas não seria exagero não – afinal de contas é tudo isso e mais um pouco o que temos percebido e sentido nos últimos meses da nossa vida.

A chegada do mês de agosto nos traz possibilidades, esperança, fé em dias melhores, avanços na busca pela tão desejada vacina, algumas perspectivas e também visíveis condições de adaptação. Sim, as pessoas estão se adaptando (nós estamos!) com muitas coisas até então impensadas e até mesmo negadas anteriormente. Reuniões a distância, home office, aulas on line, exercício físico com orientação remota, teleconsulta, teleatendimento, Lives e tantas outras novidades que já fazem parte do nosso cotidiano.

Te convido a pensar naquela máxima que diz “A prática leva a perfeição”. De fato ela contém componentes verdadeiros, pois nos dá a noção de que, ao repetirmos alguma coisa por várias e várias vezes – anos quem sabe – vamos nos aperfeiçoando naquilo e tendemos a ficar muito melhores e mais especializados, executando de modo mais automático, com menos dispêndio de energia e maior assertividade.

Contudo, procure pensar numa pessoa que reclama muito. Ela vai se aperfeiçoar no que? Em reclamar! Imagine alguém que fala mal dos outros com muita frequência. Vai se especializar no que? Em criticar os outros. E poderíamos seguir exemplificando diversas situações da vida cotidiana onde pessoas se habituam a fazer determinadas coisas e incorporam aquilo como hábitos – os quais as afastam daquilo que desejam realmente construir em sua vida. É preciso colocar atenção nisso, elevar nossa consciência e calibrar nossa percepção sobre esse impacto em nossa vida.

Qual impacto? Das coisas que fazemos repetidas vezes em nosso cotidiano…

Cito John Naisbitt – “Quanto mais alta tecnologia há no mundo, mais pessoas anseiam por um atendimento com um toque pessoal” – e afirmo com isso que neste momento em que a digitalização foi amplificada e roubou a cena, emergiu com muita força a questão do posicionamento High Tech X High Touch (tema de um dos livros dele inclusive).

Mas qual é a diferença desse posicionamento na prática? Por High Tech entendemos a excelência voltada para a tecnologia. A gestão, nesse caso, busca implantar o que há de mais moderno e tecnológico em seus produtos e soluções. Isso vale para empresas e para pessoas físicas. Como High Touch, entendemos a excelência ao “tocar”, ao atender, ao estar disponível para o outro. A gestão (ou o posicionamento pessoal) voltada ao High Touch qualifica pessoas na arte de interagir, no contato interpessoal.

Agosto chegou e a ampulheta virou justamente porque percebo pessoas e empresas enfrentando diminuição das suas reservas, quedas contínuas em seus faturamentos, redução do orçamento mensal, necessidade de mais readequações para os tempos atuais, entre outras preocupações e decisões que precisam ser tomadas.

O tempo vai passando, estamos em pleno segundo semestre e este texto é um convite acolhedor para que você possa “afinar seu instrumento” (você mesmo) para uma nova partitura que precisa ser tocada. Novos tempos exigem novas posturas, atitudes e conhecimentos.

Abra-se ao conhecer. Não se isole e tenha a sensibilidade de estar próximo de pessoas capazes de lhe ouvir de verdade, de acolher seus sentimentos, de te ajudar na arte da percepção sobre esse seu momento de vida, capazes de ajudar na construção dos caminhos a serem percorridos. Esse pensamento estratégico pode ser desenvolvido por todos nós enquanto o tempo vai passando e o cenário vai se delineando.

Em setembro de 2020 eu, RONY TSCHOEKE, completarei 45 anos de vida, dos quais 23 anos são dedicados à minha atuação profissional. Sinto-me estimulado a ampliar minha agenda em algo que já venho fazendo com muita dedicação: Mentorias!

A figura do mentor ou do “mestre” é uma pessoa que ouve e escuta de verdade, que acolhe e sustenta a narrativa do outro, para que o outro perceba que eventualmente seus quadros de referência estão desatualizados com a atual realidade que vive.

Só que para alguém sustentar a narrativa do outro, tem que cuidar de si mesmo, possuir preparo e experiência, pois muitas coisas que o outro falar (num processo terapêutico por exemplo, ou mesmo numa conversa entre mentor e mentorado – ou ainda entre amigos) podem ser que sejam evocadas questões que estão na ‘sua criança interior’ e você precisa segurar isso, sabendo que é um processo só teu – para que o outro consiga ser sustentado na sua narrativa – e aí perceba que essa narrativa está desatualizada.

Perceba que de fato nós estamos narrando a todo momento. Narramos os nossos processos, os processos dos outros e os processos relacionais nossos e dos outros. A todo momento nós estamos narrando! E aí existe toda uma representação desse processo – e a representação desses processos justamente são fundamentadas nos quadros de referência. Então vamos narrando a vida, vamos narrando a nós próprios, narramos os seres humanos com os quais nos relacionamos e vamos referenciando isso.

E além de sermos seres narrativos, somos seres interpretativos, porque narramos e interpretamos o que nós narramos. Perceba que nós olhamos ou outro narrando, narramos o processo do outro e interpretamos. Ou seja, a todo momento nós estamos interpretando!

Esse é um processo complexo, importante e que está a sua disposição!

RONY TSCHOEKE

MENTORIA online para estes momentos pandêmicos

@rony_tschoeke

rony@promovesaude.com.br

(41) 99196-8484

13 Responses to Agosto chegou e a ampulheta virou

  1. Jorge Olímpio Bento

    Caminhante não há caminho; faz-se caminho a andar, isto é, caminhando. Assim escreveu António Machado, poeta andaluz.
    Gosto do caminho que o meu Amigo está fazendo!

  2. Marcos Paulo Maiuri

    Parabéns meu amigo pela reflexão, está sua atitude de atuar como mentor realmente ajudará muitos profissionais que estão perdidos neste momento, e acredito que tendo este aprouxe dentro de sua teoria conseguiram extrair sentimentos obscuros e desafiando novas formas de enfrentar este momento de mudança e assim poder entrar no trilho novamente da vida e do âmbito profissional.

    Um grande abraço e parabéns mais uma vez por está atitude!

    Marcos Paulo Maiuri

    • Rony

      Eu que te agradeço meu amigo, inclusive pelas boas conversas que tivemos… Essas interações são muito valiosas!!! Amem!

  3. Parabéns. Ótimos pontos.

  4. Muito bom como sempre…
    Feliz aniversário adiantado… Rsss

    • Rony

      Muito obrigado Pimenta!!! Foi o primeiro cumprimento referente aos meus 45 anos rsrsrs
      Valeu pela interação…

  5. Leandra De Rosis

    Rony Tschoeke!!!
    Seu texto novamente nos surpreende com sua maturidade em compreender as questões que nos envolvem na atualidade de nossos dias e nos faz refletir Sobre nossa própria vida e como agir diante de nossas necessidades para seguirmos adiante no enfrentamento dessas novas realidades !
    Prezando sempre nosso bem estar maior!!
    Parabéns!!!!

    • Rony

      Muito obrigado minha querida amiga Leandra… Esses tempos tem apresentado inumeros desafios e possibilidades, onde a aprendizagem ocupa lugar de destaque para todos nós… Adorei sua interação e suas palavras!

  6. Jussara

    Rony, como sempre excelentes reflexões!

  7. Excelente reflexão para sairmos da zona de conforto e aceitarmos que as mudanças de atitudes serão necessárias para a nossa sobrevivência e sobrevivência dos nossos negócios…… novos tempos, novas visões, novo mundo para fazermos melhor……

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