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Dormir é voltar ou ir?

Ironicamente, podemos pensar que o sono que nos dá alívio é irmão da morte ou príncipe da sorte? Que fenômeno é esse que faz parte dos nossos dias – e que geralmente ocorre durante as noites – onde nos sonhos nossa alma interior encontra-se plena, ao passo que a alma exterior ali não adentra… Alma exterior? Aquela do jeito de ser e do nosso labor?

Seria essa alma exterior um resultado da alma interior, ou quem sabe lá fora está a Realidade que, ao adentrar pelos nossos filtros de percepção, projeta-se num novo filme interior, quase que no avesso de um espelho.

Reflexo ou contexto?

Nunca para sempre ou para sempre nunca!?!

Névoa ou nitidez? Tudo igual outra vez? Por que fez o que fez? Ou quem sabe não fez?

Para onde voltamos ao dormir? Ou seria para onde vamos? Ou quem sabe onde nos encontramos? E ao acordar? E a vida? E o outro?

O sono, eliminando a necessidade de uma alma exterior, deixa atuar essa alma interior! Que belo encontro. Ao acordar, a alma interior pode perder a ação exclusiva e ficar dependente da outra, que teima em não tornar – e por vezes não torna mesmo.

O dia segue, a vida avança, você repousa e se cansa. De novo, e novamente. Reflexos da mente.

E ao olhar-se num espelho, do que te lembras? O que desejas? O que encontras? Esse “vidro” exprime muito… A verdade dói e o espelho pode ser um mentiroso, pois não mostra a alma dos que vão se apreciar. O que sente ao se olhar? Consegue se observar?

Rezar, deitar e sonhar. Basta começar? E você, recorda-se dos seus sonhos? E o que percebe no espelho em que se olha? Nem olha? Para onde vais ao se deitar para dormir e repousar? Ou para onde volta quando se coloca na posição horizontal?

Somos muito mais do que nossas dores e alegrias. Somos os próprios passos da caminhada que fazemos, com as lembranças e os desejos que temos. Se a cada passo já não estamos mais no mesmo lugar, para onde vamos enquanto seguimos? Quem somos?

Que não apenas mais à frente estejamos, mas que mais profundo consigamos chegar para nosso Script ressignificar! A leveza pode te acompanhar.

Se todo resto é modesto, pouco importa. Melhor a simplicidade das suas realizações do que a grandeza vazia das ilusões.

Vai que a porta de entrada do essencial seja mesmo o existencial?! Exista em sua essência.

Bem nesse trecho da sua jornada, permita-se dar uma olhada. Olhar com qualidade a estética da Realidade! Quanta beleza e quanta liberdade. Liberte-se daquela gaiola interior em que podem ter te aprisionado. O belo aguarda ser contemplado e o espaço pode ser ocupado… O seu espaço, em cada passo, pedaço por pedaço, nem tanto naquilo em que penso, mas sim no que faço. Sem embaraço, no seu tempo e no seu espaço. “A minha obra eu mesmo traço”

Seja o sujeito da sua própria reflexão. Não submeta sua mente a manipulação. Liberte-se por suas novas escolhas. Visite os alçapões da sua essência! Luz, câmera, ação. Inspiração, expiração, experimentação! É sua essa decisão…

Rony Tschoeke

MENTOR de Possibilidades

@rony_tschoeke

Autor do livro SCPRIT UMA OBRA INACABADA, Editora Chiado Books (2021)

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