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O beijo da morte no Serviço Público

Uma das grandes tendências mundiais já fazia parte das boas conversas no final do Séc. XX e continua na pauta nesse mutante Séc. XXI: o Talento Humano! Ou quem sabe, os Humanos Talentosos. Ou ainda, nossas competências…

Nesse momento da história, gerar Inovação se tornou crucial. Abrir mão disso equivale a perder competitividade. E o Valor maior parece estar naquele tipo peculiar de Talento: as pessoas criativas! Humanos Talentosos Criativos são aqueles capazes de inovar. Na prática, conseguem encontrar respostas aos desafios que vão surgindo. Em nossa condição humana temos recursos para lidar com coisas mutáveis…

Neves (2009) já nos convidava a pensar que talentos são pessoas, e portanto, são o que são e buscam recompensas e estímulos, possuindo ainda desejos e necessidades a realizar.

Trago aqui o Psicólogo norte-americano Abrahan Maslow (1908-1970), criador da Hierarquia das Necessidades, divulgada inicialmente como a “Teoria das motivações humanas” num artigo científico publicado em 1943. Na prática, ficou conhecida como a “Pirâmide de Maslow das necessidades e das motivações”.

Em tese, resume a complexa sequência de prioridades para a maioria das pessoas, em relação às suas necessidades e motivações. Na medida em que um nível de necessidades é preenchido, o indivíduo – segundo Maslow – se concentra em satisfazer o próximo nível superior.

Na base dessa Pirâmide estão as necessidades fisiológicas básicas; em seguida questões de segurança (abrigo, emprego, proteção dos perigos…); depois vem pertencimento; estima (aqui estariam a auto-estima e o reconhecimento positivo pelos outros) e, no topo, a auto-realização!

Aqui merece atenção especial de nossa parte.

Perceba o que Maslow mesmo pensou e escreveu sobre esse mais elevado patamar das necessidades (lembrando que ele estudou isso nas décadas de 50 e 60):

“Mesmo que todas as necessidades (os outros níveis inferiores da Pirâmide) sejam satisfeitas, nós, eventualmente (se não sempre), podemos esperar que, logo, descontentamento e inquietação venham a se desenvolver (no indivíduo), a menos que ele esteja fazendo o que é adequado. Um músico deve fazer música, um artista deve pintar, um poeta deve escrever, para que sejam, em última instância, felizes. Um homem deve ser o que pode ser. Podemos chamar essa necessidade de autorrealização”.

Maslow declarou que o termo Autorrealização foi uma ‘criação’ de Kurt Goldstein. Publicou uma revisão de sua Teoria no final de sua vida, adicionando dois níveis acima da sua Pirâmide das necessidades humanas, revelando sua (e também nossa) natural característica de “insatisfação permanente”: um nível acima seria a Estética (ligada a beleza, a estrutura e ao equilíbrio) e a outra seria a das necessidades Cognitivas, onde as pessoas procurariam a ampliação do seu conhecimento.

Eu que gosto do “conceito” Obra Inacabada, afinal somos obras inacabadas e estamos nos construindo a todo momento, reitero aquilo que Maslow também disse: que criativo não é o homem comum ao qual algo se acrescentou; criativo é o homem do qual nada se tirou.

Em nosso caminhar da vida adulta, podemos ter perdido nossa coragem de sermos criativos…

Colocar em prática nossos talentos, dando asas à nossa imaginação e criatividade, parece estar ligado àquilo que dá um significado e um sentido à nossa própria vida. Tem a ver com nossa trajetória de vida e precisa ser revisitado, ressignificado e atualizado.

Quando existe uma cultura nas organizações que valoriza isso e que incentiva as pessoas para que deixem aflorar questões ligadas a sua autorrealização, criando e desenvolvendo suas atividades com prazer e identificação, temos ambientes de trabalhos ágeis, agradáveis, saudáveis, profícuos, atrativos e inovadores…

Agora, pensando pontualmente no Serviço Público, desprovido de qualquer juízo de valor ou rótulos preconceituosos, cabe refletir se a estabilidade e a pseudo segurança predominante estão relacionadas a uma Gestão Inovadora ou não?!

Será que não existe espaço para que novas Lideranças exercidas por pessoas (e não por ocupantes de cargos temporários) que desejam realizar ainda mais por elas mesmas e por um mundo melhor, se comprometam com a criação de uma Cultura de inovação, colaborativa, de mentalidade ágil predominante, capaz de construir ambientes dinâmicos cheios de significado, propósito e valores – os quais irão atrair / reter talentos criativos e potencializar o melhor de cada um?! Se junto disso ainda houver estabilidade, por que não?!

Desde que os atores (Servidores Públicos) e os expectadores ativos (População/ todos nós) desse contexto possam resistir ao Beijo da Morte no Serviço Público!

Se a mudança e a inovação são uma nova música, bailemos juntos, cada um ao seu estilo, mas jamais deixando de dançar caso a música não seja do seu agrado. Procure outra melodia, outra orquestra, mas não abandone seus talentos…

Rony Tschoeke

Autor do Livro SCRIPT Uma obra inacabada (Ed. Chiado Books, 2021)

 

PRÉ-VENDA do Livro:

SCRIPT UMA OBRA INACABADA (Chiado Books, 2021)

Lançamento simultâneo no Brasil e em Portugal!!!!

Esta obra já está disponível para PRÉ-VENDA nas livrarias parceiras!

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Em breve o e-Book estará na pré-venda nas plataformas:

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Fnac Portugal (e-book)

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SINOPSE do Livro:

O termo vem do teatro: roteiro ou grande guia, numa espécie de forma escrita de um espetáculo que orienta a atuação. Do nascimento até a primeira infância, recebemos dos nossos pais um Script – que nos forja. É um mapa que vai nos guiar pela vida toda. Fato é que ninguém deseja permanecer com um “roteiro” que o conduza à infelicidade. O mapa precisa de atualizações para que possamos avançar nesse complexo caminhar da vida adulta, em novos territórios. Reconhecer o Script e toda a sua obra inacabada significa que as pessoas cansaram do sofrimento – e desejam a felicidade. É possível mudar esse Script e essa identificação? Nesta obra, apresento uma possibilidade “de ouro”: “re-conhecer” as referências dos comandos parentais da tenra idade e, então, atualizá-las! Esse poder de mudança está na vontade do ser humano. Tal percepção levará você a assumir a intenção da própria felicidade. Sim, as curas acontecem! Você rapidamente perceberá o seu envolvimento emocional com esse eventual roteiro de sofrimento, descobrindo que pode mudar, se assim o desejar. A leitura trará os Scripts à tona de forma imediata, libertando sua criança interior da identificação com ideias e emoções conflitivas, permitindo uma atualização dos referenciais da sua vida. (Rony Tschoeke)

 

2 Responses to O beijo da morte no Serviço Público

  1. Cris Malucelli

    Excelente!!!

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