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A percepção da sua existência

Hoje vamos falar sobre perceber a própria existência. Eu quero citar uma história! Fui fazer uma pesquisa sobre a questão da essência da existência, e encontrei um texto muito bacana que vou compartilhar com você. É uma história de um rapaz, hoje empresário, que conta própria história de infância, e a relação dele e do pai com a atividade física.

O texto se chama, “A vida pela janela em uma manhã de domingo”, o texto foi publicado na revista TRIP e começa assim:

“Eu tinha oito anos quando entendi que existe alguns dias ao contrário de tantos outros, que acabam nos definindo como os homens que seremos Estava na casa de praia que o meu pai e a minha mãe construíram no litoral de São Paulo, logo depois que se casaram, onde íamos eu, eles e meu irmão menor quase todos os finais de semana, percebi que alguma coisa estava fora da ordem. Ao acordar muito antes da hora, quando abri os olhos o sol ainda não havia nascido, e reinava na casa um silencia absoluto. Completamente sem sono, levantei da cama e fui até a sala, lá para a minha surpresa encontrei o meu pai, ele estava na janela de costas para mim, olhando para o mar com uma xicara de café na mão. Fiquei ali alguns segundos observando. Lembro que naquele momento vendo o homem que me protegia do mundo, completamente alheio a minha presença, pensei que um dia gostaria de ser tão alto como ele parecia naquele momento. Porém ele não se mexia, hipnotizado pelo o que estava vendo lá fora, tentei me aproximar a modo que não tirasse meu pai daquela espécie de transe, apenas para ficar com o mesmo angulo de visão e tentar entender o que prendia a sua atenção. Quando finalmente me coloquei em boa posição, não vi nada que nunca tivesse visto: o mar quebrando na areia, as montanhas que o cercavam, alguns pescadores enrolando as suas redes… O que o meu pai estaria observando com tanta atenção? Tentei me aproximar mais um pouco e foi nessa hora que ele me flagrou e disse: Vamos dar uma volta? O convite era inusitado, sair no escuro e sem café da manhã? Minha mãe ia ficar muito brava. Vamos! Respondi ao meu pai. E de mãos dadas saímos, meu pai e eu, para a praia antes do sol nascer. Ao redor somente o mar, a areia, os céus e as montanhas. Quer dar uma corrida até a pedra? –  meu pai me perguntou. E antes que eu pudesse pensar em responder as minhas pernas já estavam se movendo, o impacto do vento batendo no meu rosto, a imagem do meu pai ao meu lado propositalmente segurando seus passos para me acompanhar, o barulho das ondas quebrando na areia, e na sensação do sol crescendo diante de nós dois me invadiram, e hoje entendo que me definiram. Ver o corpo tão grande e alto do meu pai ao lado do meu, tão pequeno e frágil naquele cenário imenso. Nossas pernas se movendo livremente pela areia como se fossemos ele, eu, a natureza como se fosse uma coisa só, provocou em mim um efeito devastador, me deixou dependente daquela sensação e expandiu meus níveis de consciência para me fazer entender que, afinal somos feitos da mesma substancia. A partir dali ele e eu, por inúmeras vezes, saíamos para correr juntos. Meu pai morreu há 2 anos, nem tão alto e nem tão forte, mas absolutamente vivo. E até hoje para reencontrá-lo e para me reencontrar saio para correr ao ar livre. É ali, mais do que em qualquer outro lugar, volto a ser um menino de oito anos, curioso, intrigado, apaixonado. É ali que consigo novamente me mover pela direção que o meu pai via pela janela, naquela manhã de domingo: a nossa existência”.

Eu desejo que você tenha conseguido desacelerar um pouco neste momento, que tenha conseguido lembrar de coisas importantes da tua vida, e que esteja pensando em vivenciar e valorizar cada vez mais esses momentos com as pessoas que você gosta.

Olhe para dentro de você e para aquilo que está ao seu redor; perceba a sua existência e valorize cada momento!

Continue nos acompanhando no PromoveVoce.

Um grande abraço do Rony Tschoeke

 

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