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Aprender é um processo de interação

Temos refletido nas últimas semanas sobre os programas de qualidade de vida nas empresas e os indicadores mais impactantes nesse assunto, dos quais destacamos a participação e a adesão nas atividades oferecidas pelas empresas através de seus fornecedores especializados.

Claro que existem outros indicadores relevantes e que precisam ser considerados, como por exemplo os resultados obtidos por aqueles que participam regularmente das ações, bem como o impacto disso na redução da procura ambulatorial, na redução de atestados médicos e afastamentos, diminuição (ou não) na sinistralidade do plano de saúde, turn over e por aí vai…

Especialmente na questão da adesão parece haver consenso que é uma questão multifatorial e que, justamente por isso, exige soluções multifocais que extrapolam as questões operacionais e de execução. Vivemos um momento que clama por soluções estratégicas efetivas, capazes de transformar o atual cenário e gerar resultados diferentes!

A estratégia é o que move um negócio e ela não é apenas uma ferramenta para vencer a concorrência ou superar dificuldades, mas sobretudo estratégia é um sistema de criação de valor, podendo ser considerada a maneira mais poderosa que os líderes possuem para moldar a própria empresa!

Nesse sentido, procure pensar que a estratégia é tudo aquilo que sustenta as vantagens competitivas e a singularidade de um negócio. Não se trata portanto de algo fixo e acabado, mas sim algo dinâmico que evolui e está em constante transformação.

Quero chamar a atenção para o risco de estruturamos um programa de qualidade de vida numa empresa, implantarmos e “adormecermos” naquela perigosa tranquilidade de que fizemos nossa parte e que agora as pessoas devem ter consciência e aderir às ações com regularidade. Isso não é mais suficiente. Talvez um dia tenha sido adequado devido ao momento do assunto na agenda das pessoas e das empresas naquela época, mas atualmente todos os envolvidos com qualidade de vida e promoção de saúde nas empresas devem se perguntar se estão sendo estratégicos em sua atuação, pois a estratégia é o sustentáculo dessa questão!

Por mais que você e seus stackholders trabalhem duro – e ainda contem com uma maravilhosa cultura organizacional na empresa, tendo ainda motivações e intenções elevadas juntamente com serviços de alta qualidade – se não tiverem uma boa estratégia, todo o programa estará em risco…

Tudo começa com um bom propósito! Esse bom propósito pode dar destaque e diferenciar o programa de qualidade de vida da empresa! Mas afinal, de onde podem vir os verdadeiros diferenciais? Eles surgem de inovações e de insights profundos sobre como são os atuais processos e como eles podem ser melhorados, levando-se sempre em consideração a opinião e a percepção das pessoas envolvidas (participantes ou não participantes naquele momento do programa). “Acima de tudo um bom propósito prepara o terreno para agregar valor e gerar bons resultados” (Montgomery, 2012 em sua obra O ESTRATEGISTA, Ed. Sextante).

Dessa forma, amparado na opinião dos principais executivos e donos das mais modernas escolas de educação executiva no mundo todo – como é o caso de Susann Schronen (CEO da Berlin School) – concluo concordando na íntegra com a afirmação dela de que “aprender é um processo de interação”.

Sai do seu casulo, circule entre os seus e também no meio daqueles que são interlocutores de áreas afins, pois com todo mundo junto e misturado, formam-se comunidades capazes de trocar experiências, conhecimentos, desenvolver novas habilidades e se inspirar em busca de atitudes realizadoras, as quais refletirão em novas ações dentro das empresas, conectando mais pessoas em torno da causa, dando um significado ainda maior ao processo…

Hoje não importa somente o que você está aprendendo mas sim com quem você está aprendendo!!! Viva novas experiências e aplique isso em sua vida e no seu negócio. Num momento em que o mundo vive de VUCA – sigla usada pelas escolas de educação executiva para representar Volatilidade (volatility), Incerteza uncertainty), Complexidade (complexity) e Ambiguidade (ambiguity) – suas atitudes precisam mudar e avançar em novas direções…

E finalizo te convidando à incentivar as pessoas da empresa a repensarem a forma com vivenciam os programas de qualidade de vida nas organizações. Será que estamos oferecendo as atividades certas? Será que estamos convidando as pessoas da maneira correta? Será que existe algo que possamos fazer de outra forma para que tenhamos mais exito nos programas de qualidade de vida?

Creio que sim.

Te espero no próximo artigo e te agradeço pela leitura! Ficarei muito grato se deixar seu comentário, pois essa interação permite ampliar nossa capilaridade sobre o assunto em questão…

Abraço! Rony Tschoeke

One Response to Aprender é um processo de interação

  1. Mirela Martire

    Muito bom artigo , parabéns professor…

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