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As ondas vão acabar? E os clientes?

Aprendi a gostar do mar muito cedo, por volta dos meus 7 anos de idade. Naquela época, cursando a primeira série numa escola pública da cidade onde eu morava com minha família, em Santa Catarina mas longe da praia, tive o prazer de estar no mar por vários dias (sei que fui antes disso mas não tenho muita clareza do que fazia)… Adora ficar horas e horas na agua curtindo as ondas, furando-as e deslizando com elas, hora com o próprio corpo no tradicional “jacaré” ou então com uma pranchinha de bodyboard emprestada de algum amigo… Anos mais tarde e inúmeras idas depois, tive o prazer de comprar uma prancha de surf mesmo (já na época de faculdade!) e a curtição era incrível…

Minha grande preocupação sempre foi que um dia as ondas poderiam acabar. Aquilo me incomodava demais, pois ficava pensando nos dias sem onda (dias flat) e me preocupando com a seguinte possibilidade: e se elas não vierem mais?? Como seria??

Felizmente as ondas vem e vão! Sempre!! Porêm seu tamanho, direção e ondulação varia quase que diariamente e dependem de inúmeros fatores como ventos, tempestades em alto mar, chuvas, tipo de fundo, localização geográfica e por aí vai…

Mas mesmo tendo a “certeza” de que elas virão, os dias sem onda são diferentes e por vezes causam algum incômodo, sobretudo quando temos o desejo de surfar, por exemplo. Nessa horas em que o oceano não fornece ondas naquela praia em que estamos presentes, não há o que fazer a não ser buscar outras alternativas de curtição e maneiras de aproveitar o mar e o dia…

Poderia agora falar de resiliência ou ainda da nossa capacidade individual de lidar com mudanças, compreensão e consciência, mas pretendo falar um pouco sobre como fazer nessas horas em que a vida nos apresenta cenários e condições adversos ou simplesmente diferentes daqueles que gostaríamos num determinado momento…

Nos últimos dias algumas pessoas com as quais convivo profissionalmente me procuraram em busca de orientação quanto à sua vida e sua carreira profissional. Uma delas me contava que há um tempo atrás havia saído da Coordenação de uma academia e voltou a dar aulas, mas que neste momento estava pensando em atuar em outro serviço dentro da mesma área. Algo mais relacionado a parte comercial, busca de novos negócios ou marketing dentro do seu ramo de formação profissional…

Parece que seu atual oceano estava ficando sem as ondas que ela tanto gostava de apreciar e surfar… O que fazer?! Por onde começar?!

Outros questionamentos vieram de uma reunião coletiva que tivemos com um grupo de empresários que manifestaram suas preocupações com a situação do país e o quanto isso está impactando nos resultados dos seus negócios… Relataram dificuldades em manter equipes de alto nível porque o faturamento caiu devido a recessão e também à competição desleal – entre outros fatores como mudanças no estilo de vida das pessoas e da ruptura causada pela tecnologia no cotidiano dos negócios…

Parece que o atual oceano desses empresários estava ficando sem as ondas que eles tanto gostavam de apreciar e surfar… O que fazer?! Por onde começar?!

O tempo é um dos nossos recursos mais escassos e não temos condição de estocá-lo nem de recuperá-lo. Passou, passou. Quem aproveitou, aproveitou!

Caminho para o final deste escrito cheio de ideias na cabeça e disposto a escrever muito mais. Farei isso e publicarei em breve – espero pode encontrar você novamente como leitor para refletirmos sobre as questões atuais da nossa vida e da carreira que vivenciamos – seja ela qual for.

Antes de me despedir, recorro a dois pensadores, dos quais quero citar trechos para te inspirar nesse momento:

“Daqui há alguns séculos, quando a história da nossa época for escrita da perspectiva do futuro, acho bastante provável que, aos olhos desses historiadores, o evento mais importante não terá sido a tecnologia, nem a internet, nem o comércio eletrônico, e sim a mudança sem precedentes na condição humana. Pela primeira vez – e digo isso literalmente – um número substancial e cada vez maior de pessoas tem escolhas. Pela primeira vez, elas precisam gerenciar a si mesmas… E nós estamos totalmente despreparados para isso!” (Peter Drucker – viveu de 1909 à 2005)

“A tarefa não consiste tanto em ver o que ninguém viu, mas em pensar o que ninguém pensou até agora sobre aquilo que todos veem.” (Arthur Schopenhauer).

Um grande abraço e mãos à obra (à sua obra!!!). Deixo três questões para sua reflexão (reserve um tempo e coloque suas respostas por escrito em algum lugar de sua preferência)

– Qual maior desafio você está enfrentando em seu trabalho hoje?

– Se você pudesse mudar uma coisa amanhã, o que mudaria?

– Qual conselho você daria à uma pessoa nova em seu cargo?

E por fim, lembre-se de ajudar a melhorar a condição do seu cliente…

Rony Tschoeke

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