Do simples ao mais complexo!

Se alguém lhe perguntasse quais são os fatores críticos de sucesso em sua profissão, o que você responderia?

Imagino que cada pessoa poderia responder essa questão de várias maneiras, afinal de contas, somos diferentes e percebemos a realidade em nossa volta de acordo com as “lentes” que usamos. Somos únicos e essa diversidade certamente é uma riqueza valiosa que merece ser preservada e considerada…

Ao longo desses últimos 22 anos de atuação profissional (meu graduei em Educação Física pela UFPR em 1996) percebi que existem basicamente dois tipos de pessoas: os reclamadores e os realizadores.

Os reclamadores – como o próprio nome já diz – são aquelas pessoas que tendem a jogar para os outros as responsabilidades de sua própria vida, achando culpados e transferindo as justificativas, ao invés de assumirem um papel mais protagonista na história que vivem. Nunca assumem nada e passam a vida lamentando, se comparando e se queixando.

Os realizadores, por sua vez, são aqueles que não estão satisfeitos com o estado atual de alguma coisa e desejam construir o novo, mudar e fazer de outra forma. Um realizador pode ser chamado de Empreendedor, porêm destaco que empreendedor não é somente aquele que cria uma nova empresa ou empreendimento, mas sim aquele que cria coisas novas.

E por falar em criar coisas novas, vale lembrar que criatividade é e pode ser muito mais simples do que parece, pois basta juntarmos várias coisas ou conceitos existentes e mesclarmos num novo formato. Pronto: podemos dizer que aplicamos a criatividade e temos algo novo. Juntar diferentes opiniões, experiências, técnicas, ideias, conceitos e formas, inovando na forma de apresentar e utilizar tudo isso representa inovação e evolução.

Ser criativo não é apenas criar coisas novas, mas inovar no que é igual!

Há inúmeras oportunidades para sermos mais criativos em nossa atuação profissional se pararmos para analisar e compreender os valores, a cultura, os perfis e as necessidades das pessoas com as quais convivemos e atendemos…

Surge aqui a importância de um olhar mais empático, através do qual podemos nos colocar um pouco no lugar do outro, reconhecendo-o como diferente e compreendendo o outro a seu próprio modo. Se trata de um exercício muito simples e que amplia o leque de oportunidades de atuação, intervenção e atendimento ao próximo.

Vivemos hoje um momento desafiante – que pode ser muito prazeroso – que é justamente aprendermos novas formas de ensinar e nos debruçarmos em torno dos processos de aprendizagem.

Vejo muitos profissionais descontentes com seus resultados, especialmente pelo fato de que não conseguem influenciar mudanças de comportamento em seus alunos / clientes, fracassam na tentativa de levá-los à novos hábitos de vida e principalmente se frustam com o excesso de trabalho que realizam sem que isso se transforme em riqueza.

Diante disso, vou abordar algo que tem sido deixado de lado, mas que pode ser o bálsamo que estamos procurando nesses conectados e tecnológicos tempos modernos em que vivemos: as VIRTUDES!

Imagine que suas atitudes e decisões passem a ser orientadas por uma ética das virtudes que influenciem na direção de melhores resultados em sua vida profissional?!

A primeira virtude tem a ver com a necessidade de estarmos sempre dispostos a aprender e nos desenvolver: chama-se HUMILDADE. Estar aberto a aprender requer HUMILDADE. E esse processo não é sobre criar FACILIDADES, mas sim sobre aprender a canalizar um conjunto de ESFORÇOS na direção desejada. Não é pensar apenas em RESULTADO, mas sim em PROCESSOS!! É muito mais um COMPROMISSO que você assume, do que uma conquista! Não é chegar, mas sim caminhar, buscar, construir e melhorar. É estar aberto a aprender e não querer apenas reconhecimento.

A partir dessa grande virtude chamada HUMILDADE, podemos pensar em outras virtudes, das quais destaco:

PACIÊNCIA, TEMPERANÇA e DILIGÊNCIA.

Paciência significa ter autodomínio mesmo quando não se consegue dominar ou controlar a maneira de agir das pessoas ou situações em nossa volta. Ser paciente é ser tolerante diante das dificuldades que nos chegam…

Temperança pode ser entendida como autocontrole, renúncia e moderação. Sobretudo a temperança domestica nossos instintos e modera nossos impulsos. Agir com temperança significa abrir caminhos para a sobriedade e o desapego…

Diligência é uma virtude humana de seguir seus objetivos na vida, almejando suas conquistas via qualquer outro tipo de princípios convencionais até chegar ao fim do objetivo. Pode ser entendida com a virtude oposta à preguiça. A diligência atua como um antídoto para a preguiça e pode ser entendida nas palavras de Mons em uma de sua homilias: “Quem é laborioso aproveita o tempo (…) Faz o que deve e está no que faz, não por rotina nem para ocupar as horas, mas como fruto de uma reflexão atenta e ponderada. Por isso é diligente. O uso normal dessa palavra evoca sua origem latina. Diligente vem do verbo diligo, que significa amar, apreciar, escolher alguma coisa depois de uma atenção esmerada e cuidadosa. Não é diligente quem se precipita, mas quem trabalha com amor, primorosamente.”

Por fim, é fato que a dureza da vida moderna acaba nos afastando das virtudes e muitas vezes trocamos a paciência pela celeridade; deixamos a diligência de lado e focamos em rápidos e rasos benchmarkings buscando aquilo que o outro tem mas sem buscar aprender como chegou lá e acabamos com aquele terrível sentimento: mas eu trabalho tanto, por que não tenho resultados melhores???

Procure fugir desse círculo vicioso que dificulta sua vida e busque trilhar seu caminho de excelência, lembrando sempre que ser excelente é estar em busca da excelência constantemente. A competição não é com o outro e sim com você mesmo! A cada dia procure ser e estar melhor do que você mesmo foi ontem…

O que passou, passou. Daqui pra frente é o que mais importa e o seu próximo passo é sempre o mais importante.

Mas comece do simples para o mais complexo!

Eu acredito que você pode realizar ainda mais em sua vida!!!! E você – acredita?

Rony Tschoeke

rony@promovesaude.com.br