Close

Marketing Social e o próximo nível dos programas de qualidade de vida

Imagine o seguinte: a construtora concluiu um edifício maravilhoso mas poucas pessoas compraram apartamentos e o prédio encontra-se praticamente vazio após alguns meses…

Imagine também uma empresa que contratou ou elaborou um belíssimo programa de qualidade de vida e a adesão está muito baixa…

O termo PROMOÇÃO de saúde vem de promover mesmo, isto é, de FACILITAR a venda. Isso mesmo: precisamos definitivamente aprender a facilitar o acesso aos programas, as ações e a adoção de novos hábitos. Estou certo que por vezes complicamos ou sem querer dificultamos esse processo (mesmo querendo acertar!). Precisamos compreender os estágios de prontidão para mudanças de comportamento, conhecer melhor o perfil da clientela, sensibilizar de maneira mais humana e individualizada, liderar pelo exemplo, incluir na cultura da organização e transpor algumas barreiras metodológicas e operacionais.

Certamente o que nos trouxe até aqui não é o que vai nos levar ao próximo nível dos programas de qualidade de vida no ambiente de trabalho. Temos muito a celebrar, mas há muito o que se aperfeiçoar…

E o que isso tem a ver com MARKETING SOCIAL?

Vivemos hoje uma evolução no mundo todo – uma verdadeira migração das Ações Filantrópicas para Responsabilidade Social Corporativa – e em muitos casos já existem cases mundias de INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO (mas isso fica para outro momento…)

Se estamos falando em INVESTIMENTO, estamos falando também de RETORNO – há cada vez mais necessidade de considerarmos o retorno dos investimentos (ROI) e também o VALOR dos investimentos (VOI).

Nessa perspectiva, podemos considerar hoje a TERCEIRA GERAÇÃO de PROGRAMAS SOCIAIS

– Estudos da Universidade de HARVARD tem apontado como tendência:

CIDADANIA CORPORATIVA ESTRATÉGICA – onde não basta mais trabalhar “apenas” com os STAKHOLDERS da organização.

Precisamos SER PROFUNDOS conhecedores e agentes das TRANSIÇÕES SOCIAIS

Hoje temos 3 transformações magníficas acontecendo:

  • Transição CLIMÁTICA
  • Transição DEMOGRÁFICA
  • Transição EPIDEMIOLÓGICA (ex. tem diminuído número de infecções e doenças parasitárias, mas tem aumentando doenças crônicas não transmissíveis e as cardiovasculares)

A Transição Demográfica e a Epidemiológica são totalmente de cunho SOCIAL.

 Nesse momento proponho pensarmos nos Aspectos da Produtividade relacionados a cultura, lazer e esporte, dos quais descrevo duas provocações:

– qual valor que tem “parquinho” para idosos nas cidades?  Estamos falando do aumento das academias para terceira idade / academia ao ar livre nas cidades…

– qual valor tem a Atividade Física dentro do ambiente de trabalho?

 

Te convido a refletir sobre as duas questões acima e seguir após pensar um pouco sobre o tema…

 

Trago ao debate a importância de pensarmos também em PRODUTIVIDADE, nos FATORES DETERMINANTES DO ABSENTEÍSMO, no PRESENTEÍSMO e na SUSTENTABILIDADE.

 

Afinal, vamos relembrar O QUE É SUSTENTABILIDADE?!

Ao invés de descrevermos uma definição, te convido a imaginar uma PONTE.

Imaginou uma PONTE.

Pois é, SUSTENTABILIDADE depende muito da VALORAÇÃO ECONÔMICA!!!

Valoração econômica diz que, só o fato de aquilo existir já tem um valor sustentável.

Ex.: uma ponte. Se fosse para ter retorno direto do investimento, teríamos que ter pedágio nas pontes – mas a maioria não é pedagiada. POR QUE?

Porque só pelo fato da ponte existir demonstra sua valoração econômica, tornando-a sustentável, pois uma ponte:

– diminui gastos com combustíveis e emissão de poluentes (caso a travessia fosse feita de outras formas ou distâncias maiores)…

– aproxima dois lados e aumenta condições e possibilidades de negócios entre eles…

– aproxima pessoas e gera inúmeras oportunidades…

 

QUAL O PONTO CENTRAL DESSA REFLEXÃO?!

Afinal: somos uma PONTE na Promoção de saúde e nos Programas de Qualidade de vida?!

Será que damos acesso à novas práticas, hábitos, estilos de vida e demais mudanças necessárias… Ou não?!

 

Só por isso nossa atuação já é SUSTENTÁVEL!!!!

 

  1. Marketing Social – possibilidade de atuação estratégica (é uma disciplina da saúde pública e não originaria da administração). Surgiu nos anos 70, para trabalhar a segmentação de produtos serviços específicos.

 

DIFERENÇA de marketing Filantrópico / Social

MARKET – tem a ver com o conceito de mercado.

O que é MERCADO: o ambiente onde as trocas se realizam!!!

+ SUFIXO ING (marketing) foco da troca comercial, por ex, são os produtos.

DIA DO BIGMAC para doação. FOCO na venda do produto BIGMAC

 

Segundo KOTLER (80) Fazer marketing social é fugir do marketing comercial. É usar outras técnicas para mudar comportamentos e situações que beneficiem a sociedade!!!

 

MUDAR COMPORTAMENTOS, PRATICAS e ATITUDES

O que é marketing social?

Atuação no mercado de trocas SOCIAIS…

 

PROPOR MUDANÇAS de:

 

– CONHECIMENTO – comportamento

– ATITUDES

– PRATICAS SOCIAIS

 

USAR levantamento de DEMANDAS DESEJOS e NECESSIDADES

Conciliar isso!

O que as pessoas realmente necessitam?

O que ELAS querem?

Como conciliar isso?

 

Caminho para o final de convidando a pensar na DIFERENÇA do MKT COMERCIAL E SOCIAL

 

MKT COMERCIAL – Transformando desejos em necessidades

(ex. celular, ipod, ipad, roupas etc), Não precisamos daquilo para viver, mas queremos)

 

MKT SOCIAL – Transformando necessidades em desejos

(como fazer alguém desejar aquilo que necessita!!!)

 

Definição de MARKETING SOCIAL: “é a gestão estratégica do processo de mudança social pela adoção de comportamentos, atitudes e práticas individuais e coletivas, orientadas por preceitos éticos e fundamentadas nos direitos humanos e na equidade social”.

MAIS a REPLICAÇÃO disso tudo… (Miguel Fontes e Marcio Schiavo)

Ps.: escrevi um artigo um pouco mais longo do que o usual pois o tema é amplo e muito valioso. 

Espero que tenha sido útil para você!

Até nosso próximo encontro…

Rony Tschoeke

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *