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Novos modelos de aprendizagem em saúde!

Hoje quero falar um pouco sobre os programas de qualidade de vida / bem estar oferecidos nas empresas.

Assunto complexo, atual e bastante discutido ultimamente, tanto no meio acadêmico quanto dentro das organizações e também nos fornecedores desse tipo de serviço.

De imediato abro um parenteses para dizer que por vezes há uma certa dissonância entre pesquisa / mercado / oferta / demanda / necessidades e resultados. Ok, ocorre mesmo. Mas existem muitas certezas nesse cenário e uma delas é que funcionários saudáveis representam negócios saudáveis.

Ocorre que em praticamente todas as empresas onde existe um programa de qualidade de vida / promoção de saúde – ou mesmo naquelas onde existe “apenas” uma ação e não um programa mais ampliado – aparece o problema da PARTICIPAÇÃO e da ADESÃO aos programas.

Não raro, grandes companhias oferecem academia de ginástica, consulta e orientação nutricional, ginástica laboral, massagens e relaxamentos, assessorias esportivas, atendimento psicológico, EAP, suporte para aposentadoria, eventos, cursos, capacitações e muito mais… porem acabam relatando insatisfação com os índices de aderência em médio e longo prazo.

Pois bem, como já dito anteriormente, se trata de um assunto complexo e que merece algumas reflexões em relação aos modelos atualmente praticados…

Penso que vivemos um momento onde a EDUCAÇÃO em SAÚDE (ou educação em estilo de vida) passa a ocupar lugar de destaque estratégico para os negócios. Antes de prosseguir me permita te lembrar que a conta não irá fechar caso continue tudo como está: população envelhecendo, níveis altíssimos de sedentarismo / sobrepeso / obesidade, doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), taxas elevadas de sinistralidade (uso elevado dos recursos do plano de saúde com várias consultas, atestados, internamentos, cirurgias de alta complexidade e afastamentos), maus hábitos, níveis elevados de stress (sobretudo nesse momento recessivo onde se precisa “tirar leite de pedra”) e todos os demais ingredientes que você pode imaginar…

Minha proposta nesse momento do texto e da reflexão é que possamos pensar em incluir nas verbas destinadas à Educação Corporativa, conteúdo relacionados à ensinar as pessoas como adotar uma vida mais ativa e saudável, bem como ensinar às empresas como connstruir programas e atrair “participantes” para esses programas.

A Educação Corporativa vem dando sinais de renascimento tanto no aspecto econômico como na necessária incorporação de novas tecnologias e modelos de aprendizado. Extrapolando isso para a saúde das pessoas, de modo que as empresas tenham uma força de trabalho mais ativa e produtiva através de um ambiente de trabalho verdadeiramente saudável, precisamos avançar nessa nova direção.

Claro que cada individuo é responsável por si mesmo e pelos seus hábitos.

Claro que as empresas não tem a obrigação de assumir a responsabilidade total e assistencialista pela vida das pessoas.

Mas é claro que essa junção de forças, necessidades e lados de uma mesma moeda podem funcionar melhor!

Percebo que existem demandas diferentes para o alto escalão das empresas, que precisam ser capacitados para gerenciarem melhor seu próprio estilo de vida e a partir dessa base pessoal saudável consiga se desenvolver muito mais para navegar bem nas turbulentas aguas nos negócios atuais de forma competitiva e com bons resultados.

Uma vez empoderados e incorporando novos hábitos, esse alto escalão influenciará de forma direta na cultura da organização, que irá transpirar num ambiente mais saudável e menos nocivo, onde todos os empregados serão abordados a partir do ponto em que se encontram em relação ao seu estágio de prontidão para mudanças de comportamento e adoção de novos hábitos de vida.

Além das atividades práticas já oferecidas na “ponta”, as empresas estariam disponibilizando cursos mais intensos, frequentes, de curta duração, de alto valor agregado, com incorporação de novas tecnologia, em modelos blended (presenciais e on line), capacitando de fato as pessoas para conseguirem avançar na direção de um novo estilo de vida dentro de um novo modelo de negócio: mais saudável, produtivo e sustentável.

E como seria esse renascimento? Como toda inovação ainda não há unanimidade nesse assunto, mas a maioria dos especialistas parece concordar que os objetivos dos programas devem ser revisados e que, muito provavelmente, as metodologias educacionais devem ser revistas e inseridas nos programas de qualidade de vida e promoção de saúde nas empresas.

Eu acredito totalmente nisso!

No próximo artigo vou abordar a questão do Marketink Social nos programas de Qualidade de vida nas empresas…

Rony Tschoeke

rony@promovesaude.com.br

6 Responses to Novos modelos de aprendizagem em saúde!

  1. Maria Teresa

    Optar por vc requer autoestima e disciplina em fazer atividade, comer bem, ler bem, tratar do espírito, encarar vc na totalidade!!!!

    • promovevoce

      Interessante essa sua afirmação: “encarar você na totalidade”…
      Costumo dizer nos programas de Wellness Coach que se trata de um processo de autoconhecimento compartilhado, pois quando se tem ajuda / orientação de um profissional isso fica ainda mais fácil e efetivo… Siga firme e até nossa próxima postagem! Abs Rony Tschoeke

  2. Patrícia Takassaki

    gostei muito do ponto de vista abordado.

    • promovevoce

      E eu gostei muito da sua visita, das mensagens via zap sobre esse assunto e sobretudo pela sua visão em relação a importância deste assunto Patricia!!!
      Vamos seguir incentivando as pessoas à adotarem uma vida mais ativa e saudável… Grande abs Rony Tschoeke

  3. Nelson F Leal

    Excelente reflexão Rony!

    • promovevoce

      Muito obrigado pela leitura e pelo comentário Nelson… Uma pessoa diferenciada como você, integrante de uma grande corporação desse país tem muito a dizer sobre qualidade de vida nas empresas e o olhar de quem “consome” programas de promoção de saúde e sente na pele o que significa ambiente de trabalho e cultura organizacional. Eu que agradeço Nelson. Um grande abs e até a próxima postagem… Abs Rony Tschoeke

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