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O real problema da obesidade no Brasil

Hoje apresentamos um bate papo com Diego Spinoza dos Santos, que é Profissional de Educação Física e trabalha na Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, possui especialização em Atividades Físicas para grupos especiais e em Saúde da Família. Também é membro da Câmara Técnica de Saúde do Conselho Regional de Educação Física do Paraná (CREF9/PR).

Faremos um PERGUNTAS e RESPOSTAS sobre OBESIDADE!

RONY: Temos visto recentemente na mídia uma série de matérias falando do aumento da Obesidade no mundo e sobre os riscos que essa condição traz para a saúde das pessoas. No Brasil pesquisas recentes já dão conta que mais da metade dos brasileiros estão acima do peso. Qual é o real tamanho deste problema?

DIEGO: Realmente este é um problema muito grave! Dados do VIGITEL, que é uma pesquisa feita por telefone todos os anos pelo Ministério da Saúde, mostram que entre a população acima de 18 anos das capitais brasileiras 52,5% das pessoas estão acima do peso, e o problema é maior entre os homens chegando a 56,5%. Em Curitiba os dados são semelhantes, com 53,8% das pessoas com excesso de peso. O que chama a atenção dos dados locais é que Curitiba é a segunda capital com mais mulheres acima do peso (52,9%) atrás apenas de Recife.
O importante é destacar que esta questão do peso corporal deve ser vista para além das preocupações estéticas, que ficam mais evidenciadas agora com a chegada do Verão, mas como realmente um problema de saúde pública. A obesidade está associada com uma série de outras doenças, em especial a Diabetes, Hipertensão e também dos tipos mais comuns de câncer. Por isso, devemos ter uma atenção especial com esse tema.

RONY: Bom, o problema está aí e como você nos mostrou ele é bem grande. Quando falamos sobre excesso de peso e Obesidade logo nos remetemos a ideia de fazer mais atividade física e cuidar da alimentação, ou seja, gastar mais energia e ingerir menos calorias. Na sua opinião qual é a melhor forma de combater o problema?

DIEGO: Acredito que o primeiro ponto a se destacar é que a Obesidade é uma doença, e deve ser tratada como tal. Também é preciso ressaltar que uma dieta equilibrada é um elemento chave, mas devemos lembrar que existem uma série de outros fatores que precisam ser avaliados, tais como aspectos comportamentais (qual a relação da pessoa com a comida), o ambiente que ela vive (se existem escolhas saudáveis de vida, não só de alimentação, disponíveis no seu cotidiano), o quanto de atividade física ela realiza (mas principalmente o tipo de atividade e qual a regularidade), enfim é muito mais complexo do que só o controle de entrada e saída de calorias. Por isso, não é possível definir uma fórmula perfeita que sirva para todas as pessoas.

RONY: Embora não haja uma fórmula perfeita, podemos deixar aqui algumas dicas para que os nossos ouvintes que se encontrem nessa situação possam usar no seu dia a dia. Quais orientações você daria para as pessoas que estão com excesso de peso para enfrentar esse problema?

DIEGO: Acredito que o primeiro passo é buscar ajuda. Aí é bom deixar bem clara a necessidade de buscar profissionais especializados. Por exemplo, melhorar a alimentação passa por buscar o apoio de um nutricionista, porque não adianta querer só copiar aquela receita da moda que funcionou com alguma celebridade, pois já vimos que a questão é mais complexa do que isso. Outra situação é que para aumentar o nível de atividade física é essencial buscar a orientação de um profissional de Educação Física, e também vale o alerta de que seguir as blogueiras e blogueiros fitness, para copiar as rotinas de treinos deles com certeza não é uma opção válida. O apoio de profissionais habilitados é a melhor orientação que eu posso deixar aqui como recomendação. Ah, vale lembrar que na rede pública de saúde existem esses profissionais fazendo o atendimento de forma gratuita, já que nem todos têm condição de pagar por um acompanhamento como esse.

Aguarde… Em breve mais um bate papo com especialistas!!!
www.promovesaude.com.br

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