Será que você potencializa alguém?

Uma pergunta perene para o campo do Bem Estar parece ser:

“Por que as pessoas não fazem o que elas sabem que precisam fazer por si?”

Acredito que é muito mais sobre motivação do que sobre informação. Somente informação não é suficiente para mudar comportamentos na área do estilo de vida.

Motivação aqui entendida como ajudar as pessoas a encontrarem em si mesmas a própria motivação para ficarem bem! Basicamente encontramos 2 tipos na literatura:

Motivação baseada no Medo (tanto na falta de algo ou de alguém, como aquela baseada na ameaça) e

Motivação baseada na Descoberta (tanto no campo do crescimento pessoal quanto do Amor!)

Compartilho com você que os antigos programas de Educação em Saúde – que foram pelo caminho da ameaça – já chegaram a conclusão que: assustando as pessoas que possuem comportamentos de riscos não funcionarão bem no final.

Motivação pelo medo pode até funcionar no começo da jornada, mas não é sustentável ao longo do tempo.

Perceba que mudança de estilo de vida definitivamente não é sobre convencer intelectualmente alguém sobre os benefícios de um determinado comportamento, para então esperar que a pessoa concorde e passe a fazer aquilo.

A grande transformação (que deve ser simples, facilitada e gradual!) está nas pessoas que se beneficiam de uma olhar mais profundo sobre sua própria motivação e que tentam métodos que facilitam seu próprio desejo a conquistar…

De que forma então, podemos ajudar as pessoas a “comprarem a ideia”, para que iniciem uma jornada de exploração, experimentação e adesão aos novos comportamentos?!

Posso dar um exemplo citando a indústria automobilística, sem entrar nas questões de mobilidade e sustentabilidade? Pense numa propaganda de carro Zero Km: ninguém nunca fica apontando os defeitos ou fraquezas do seu carro atual – nem perguntam se você tem carro ou não… Pelo contrário, te fazem desejar o novo, o diferente, aquele algo a mais que está naquilo que você ainda não tem…

Pense nisso! Quando a pessoa compra a ideia, tudo flui com mais facilidade!

Nem sempre desejamos o que necessitamos.

Sobre o que então podemos falar para ajudar quem não se exercita, por exemplo, de modo a mobilizar suas fontes de motivação (quem sabe seja curtir os filhos, ver os netos, viajar e tantas outras)?

Que tal falar menos em doenças, riscos, erros, problemas, perigos e morte prematura – passando a falar então de contentamento, divertimento, prazer, estímulo, realização, aprendizagem, descobertas, ou ainda benefícios concretos no curto prazo, como dormir melhor, sentir-se mais calmo, disposto, leve, feliz…

Uma pausa: talvez a resistência em mudar seja o medo de perder aquela turma de amigos (por mais sedentários e “beberrões” que sejam); talvez o medo de não encontrar algo “tão relaxante” quanto fumar uma carteira de cigarro por dia e sentar largado no sofá; ou ainda a vergonha de que alguém lhe faça comentários constrangedores sobre uma tentativa de jogar tênis com esse peso atual…

Você já pensou sobre tudo isso?! Já sentiu isso?!

O fato prático é que normalmente as pessoas não fazem um bom trabalho ao pesar os prós e contras das mudanças. Geralmente nós “superestimamos” os custos e “subestimamos” os benefícios.

O que pretendo com este artigo?

Que você “desafie” (ajude!) uma pessoa a viver de forma mais saudável nas próximas horas!!!

Essa causa é nobre, valiosa e coletiva.

Junte-se a nós nesse movimento do Bem Estar, da Qualidade de Vida e de um Estilo de Vida fisicamente mais ativo e saudável…

Lembre-se de alguns pontos importantes:

• “Puxar” é melhor do que “empurrar”: incentive alguém do seu convívio a descobrir uma motivação positiva que o “puxe” para comportamentos mais saudáveis. Resista a tentação de criticar, pressionar ou ameaçar, pois isso não vai “empurrá-lo” para uma vida mais saudável. Pelo medo a pessoa pode até começar, mas vai precisar de algo a mais para ter sucesso na continuidade…
• Construir uma Visão de uma vida saudável: incentive alguém a desenvolver uma imagem de si mesmo sendo saudável e feliz que seja tão inspiradora a ponto de que ela mesma faça alguma escolha saudável naquele dia…
• Não seja parte do problema: as vezes, por mais bem intencionado que você esteja, sua visão de mundo ou seus gostos pessoais acabam impondo ao outro aquilo que não faz sentido para ele! Ajude essa pessoa a buscar auxílio profissional e criar um plano de ação simples, autêntico, factível e de acordo com seus próprios valores, crenças e momento atual de vida…

Acredite: podemos viver de maneira mais ativa e saudável!

E os melhores planos vem de dentro de cada um – e não de fora.

Experimente maneiras de chegar lá!

Ah, é claro: exemplos e atitudes “falam” mais do que palavras.

RONY TSCHOEKE

Sigo a disposição por aqui!

@rony_tschoeke