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Trocando o fornecedor na área da saúde

Assunto recorrente, tema preocupante, cenário mutante e atitudes desconsertantes…

Talvez o mais adequado fosse começar com aquela pergunta provocativa que já circulou no passado: você tem mesmo um plano de saúde? Perceba: estou repetindo a pergunta para que você possa analisar se tem mesmo um plano de SAÚDE???

Tenho circulado pelas empresas, conversado com contratantes e contratados, prestadores de serviços e fornecedores, RHs, Médicos do Trabalho, Engenheiros e Técnicos de Segurança, funcionários, empresários, Profissionais de diversas áreas relacionadas ao tema como administradores, gestores, profissionais de Educação Física, Nutrição, Enfermagem, Fisioterapia e muito mais… Compartilho a seguir algumas das principais preocupações nesse momento:

  • empresas que optaram por reduzir custos e contrataram serviços mais baratos, trocando de fornecedor, porem relatam que estão insatisfeitas com os resultados;
  • empresas que cortaram os investimentos em promoção de saúde;
  • empresas antenadas ao eSocial e às mudanças que virão por aí, as quais certamente já estão exigindo um novo olhar sobre como funcionam, de que maneira conduzem seus negócios e como tratam as pessoas e os processos;
  • empresas que oferece inúmeros benefícios ao trabalhador, mas que sofrem por que muitos acabam não aderindo aos programas. Claro que existem inúmeras razões para isso, passando desde a escolha das atividades oferecidas até a qualidade do serviço prestado, bem como dependendo do engajamento e apoio das lideranças e tantas outras questões inerentes ao ambiente, a cultura e as pessoas;
  • pessoas pouco comprometidas com sua própria saúde, negligenciando sua alimentação, seus hábitos de lazer e utilização do tempo livre, suas horas de sono e sobretudo deixando de praticar atividades físicas ou exercícios regulares… Muitas deles possuem uma carteirinha de uma Operadora de Plano de Saúde para agendamentos de consultas, exames e tudo mais, mas certamente lhes falta um PLANO DE SAÚDE, ou seja, um plano de vida mais saudável – um planejamento para conduzir sua vida com mais qualidade…

Enfim, eu poderia descrever muito mais tópicos relacionados aquilo que tenho ouvido em minhas andanças por esse país nesses últimos meses, mas hoje quero apenas chamar a atenção para o fato de que TODOS NÓS que atuamos com programas de promoção de saúde / qualidade de vida / bem estar ou outro nome que desejam colocar, precisamos repensar e ressignificar nossa praxis.

O momento pede soluções novas para problemas conhecidos e inéditos, pois pela primeira vez na história desse país estamos experimentando situações nunca antes imaginadas…

Quem diria há 30 anos atrás que um funcionário poderia se ausentar do seu trabalho para ir até a consulta com a nutricionista e no outro dia frequentar a academia de ginástica dentro da empresa e no horário de trabalho. Isso é normal e muito bem visto em várias companhias!!!

Quem diria que mesmo com essa possibilidade descrita acima, muitos não usufruem desses benefícios??

Quem diria que cresceria tanto o home office…

Quem diria que a sinistralidade dos planos de saúde atingiria esses patamares? Quem diria que as Operadoras de planos de saúde investiriam tanto e de forma tão preocupante a promoção de saúde dos seus segurados?

Quem diria que esses programas, junto com as questões ergonômicas, ocupariam posição de tanto destaque no plano estratégico das empresas?

Quem diria que você clicou num artigo cujo título remete à troca de fornecedores na área da saúde?

Quem diria que você está pensando isso que você está pensando agora?????

Vivemos um momento de dialogar com os stackholders envolvidos nos temas descritos acima; vivemos num momento de ouvir as partes interessadas; de propor debates e análises mais detalhadas; vivemos um momento em que os mesmos programas talvez não causem mais os mesmos impactos e as pessoas gritam (mesmo que caladas!) por serem ouvidas (mesmo que não falem nada!!)…

Vivemos um momento em que precisamos falar menos de pescaria e nos dedicarmos de fato à pesca!!!

Mas concluo apontando que talvez tenhamos começado essa pescaria de trás para frente nos últimos anos, pois podemos ter nos interessado mais pela pescaria do ponto de vista do pescador do que do peixe. Afinal, como o peixe vê o mundo? Como ele vê o pescador? O que e quando o peixe come?…

Os peixes são abundantes e famintos por soluções.

Nós, os pescadores (fornecedores de algum tipo de solução em promoção de saúde) precisamos repensar a pesca!

Sua vida pessoal e profissional são sim diferentes. As decisões pessoais se baseiam no que é melhor para você, sua família e seus amigos. As decisões de sua vida profissional se baseiam no contrato que você firmou de criar mais valor do que ganha com sua remuneração. Se você não agrega valor aos que estão em sua volta, não o faça e repense sua própria atividade profissional…

Um grande abraço

Rony Tschoeke

 

 

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